Neverwinter Nights 2, tal como o seu antecessor, tem recebido uma série de actualizações e expansões, mantendo o seu mundo fervilhante com vida. Depois do intrínseco enredo de Mask of the Betrayer, eis que nos chega Storm of Zehir, a saga de um grupo de comerciantes que tenta proliferar no caos e destruição que sucederam aos eventos ditados pela queda do King of Shadows.
Quem acompanha Neverwinter Nights desde a sua génese terá na memória o desenrolar das expansões do primeiro jogo, que culminaram num espectacular Hordes of the Underdark, depois de uma primeira iteração que, apesar das suas falhas, abriu as portas para novas oportunidades que a segunda aproveitou de forma quase irrepreensível. Tal como Mast of the Betrayer primou pelo enredo, Storm of Zehir prima pela diversão e liberdade que nos oferece.
Que já jogou Dungeons & Dragons sabe dar valor a um bom grupo, equilibrado e capaz de lidar com todas as situações. Storm of Zehir oferece-nos essa possibilidade mão beijada, deixando-nos criar vários personagens ao invés do tradicional herói ao qual se vão juntando novos companheiros. A narrativa leva-nos a uma cidade onde temos de começar praticamente a vida nova após o naufrágio do navio que nos transportava. Mercenários ou mercadores a soldo, a escolha fica ao cargo do jogador, podendo misturar um leque vasto de possibilidades.
Ao invés de nos levar a calcorrear vastos caminhos entre pontos de interesse, Storm of Zehir introduz o Overland Map, um mapa em tamanho gigante mas onde nos podemos deslocar e interagir com o meio ambiente, seja com criaturas, personagens, descobrindo novos locais e esconderijos, e até itens valiosos. A estória começa a escrever-se a ela própria, à medida que nos afastamos dos objectivos da espinha dorsal de Storm of Zehir. É esta liberdade para descobrir que faltava na série. Nas graças de uma famosa comerciante podemos mesmo executar uma singela actividade mercantil, entregando bens e criando rotas comerciais, com vista a obtermos um maior poder económico que nos permita equipar a trupe a rigor. O grande senão do Overland Map traduz-se no constante vaivém entre ecrãs de Loading, que acabam por se tornar muito massacradores. Esperamos que num futuro Neverwinter Nights seja possível uma experiência mais fluida.
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